domingo, 10 de julho de 2011

Poesia ou Mordomia?

Quisera tanto um dia ser poeta
Levantar minha voz e expressar ao mundo
Minhas idéias, tantos pensamentos,
Que me invadem a alma em clamor profundo.

Quisera poder falar das criancinhas...
Do amor, do carinho e da alegria...
Que sinto pelo desabrochar da vida
E cada dia mais, compreender essa magia.

Desejava poder contar pras flores                                            
O gozo que nos causam quando um buquê se arruma
Pequeninas, maiores coloridas e cheirosas...
E como o beija-flor, beijá-las uma a uma!

Gritar pro vento e pras nuvens o que sinto
Quando passam correndo, levadas de roldão...
Emboladas, pintando um novo quadro,
Espalhadas ou juntas, como tufos de algodão!...

Eu gostaria tanto que me compreendessem...
Digo às estrelas e à noite escura:
Pois meus olhos brilham quase como elas,
Ansiando ver do senhor a formosura...

Eu gostaria de gritar bem alto
Com uma voz que a todos alcançasse,
Que devemos amar a natureza
Não permitindo que nada a ameaçasse.

Olhar as árvores e o campo tão verdinho,
O lago plácido, lindo, refletindo os montes,
Saber que suas águas são trazidas
pelos mananciais que descem lá das fontes...

Tudo isso é tão belo e prazeroso contemplar,
Esta obra sem igual do Criador...
Concluí que sou mordomo, não poeta,
Quero viver, cuidar, glorificar por tudo ao meu SENHOR!!

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