quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Bom Fruto

Produzir frutos é o propósito do crente
Frutos saudáveis, bons e duradouros
Mas isso só não será um ato falho
se a raiz profunda alimentar o galho.


O gostoso fruto colorido e doce                            
Um dia esteve envolvido na raiz.
Ela é a fonte de toda força criadora
Para formar a jaca, a manga e a pequenina amora.

Comparado ao poder que emana do Deus Soberano
Assim também do crente, a boa obra
Não partiu dele, mas sim do seu Senhor
Com quem tem intensa intimidade,
A quem dedica seu louvor.

Crente, valorize a união com Cristo.
Ela é a fonte de fertilidade
Dele procede o seu trabalho abençoado
Ele dá ânimo, ensino, consolo e felicidade.

Somente na Videira verdadeira
Há alimento suficiente para todos que desejam;
Se o galho quebra, se desliga da raiz,
Não dá mais fruto, seca e será queimado...
Fique ligado, sempre alimentado, para ser feliz!

Foto: André Barreto

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Esperança, Amor, Saudade

As manhãs ensolaradas me despertavam o desejo de brincar na beira do riacho que corria silencioso pelo campo a fora, serpenteando para lá e para cá até atingir a cancela.Eu descia bem cedo. Gostava de mexer nas "dormideiras" que se espregiçavam pelo campo para vê-las fechar rapidamente suas folhas, encolhendo-se como uma menina cheia de timidez.
Corria à beira do riacho que, às vezes descia de um barranco formando pequena cachoeira e em outros lugares, parecia uma prainha que as águas banhavam com carinho. Ali sempre estavam borboletas de todas as cores, mas especialmente amarelas, pousando saltitantes nas flores silvestres da campina.
O tempo passava e eu me distraia ouvindo as cigarras que, estridentemente zumbiam nos pés de mamona.. Nos pensamentos vagos, mas felizes, que passavam naquela mente de criança, havia uma esperança forte de crescer e estudar. Sonhava que um dia seria professora. Quando por ventura, brincava com outras crianças , gostava de ensinar e de aprender. Gostava de livros e de lápis, mesmo quando ainda não sabia ler nem escrever.Tão infantil era que não percebia a adolescência que chegava. Nos tempos de escola só queria estudar e ser boa aluna. Fiz um bom ginásio e na escola Normal, sempre dedicada, fui surpreendida pelo amor que chegou tão de repente. Apaixonei-me. O casamento trouxe a resposta do amor através dos filhos que viriam dessa união.
Hoje, quando tudo já vai longe, resta a saudade dos dias de criança, do riacho que serpenteava no campo, das àguas límpidas e das borboletas coloridas.Mas a maior saudade é dos rostinhos rosados das minhas crianças que, felizes, gostavam de brincar na areeia da praia comigo e com o pai. Essa saudade se revela hoje nos rostinhos dos netos, tão preciosos, tão amados, tão queridos e abençoados... Sou avó de seis. Sou uma avó feliz. Sou mãe de quatro. Hoje, quando às vezes, vejo seus rostos preocupados com  a seriedade da vida, levam-me a refletir como foi importante minha dedicação a eles e ainda lhes falo do meu amor e da feliz resposta do meu coração - a paz que tenho hoje.