As tardes longas e frias, o vento açoitando lá fora, fazendo as folhas rodopiarem na calçada, nos fazem sentir uma saudade doída no peito.
As folhas dançam e são empurradas como nossos sonhos transitórios que passaram rapidamente, deixando em nós apenas uma saudade. Saudade de mãos que se tocaram por um segundo, de olhares que se cruzaram e, no fundo, se encontraram num envolvimento cheio de magia, que deixa no peito marcas profundas... Um sonho de amor inacabado, e por isso mesmo, inexistente. Mas como é real!
Diante desse quadro na mente, nossos lábios tremem, o olhar se embaça até às lágrimas, e o nosso desejo não é de parar, mas de insistir no sonho,para sofrer mais. E aí, se houver alguma recordação,queremos ver, buscar, lembrar, ler bem de vagar, sentir de novo a mesma emoção. Parece que queremos experimentar o desfecho de tão significativo sentimento.
Nosso coração apertado parece gostar de sofrer e deseja continuar experimentando essa dor , envolvida pelo frio do vento e pelo ruído das folhas em movimento, na dança constante do vento.
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